Em todo o mundo, apenas 14 países mantêm armas nucleares, mas o potencial destrutivo deste arsenal é suficiente para destruir várias vezes a humanidade. Restariam algumas baratas e escorpiões, de acordo com estudos sobre radioatividade, e eles precisariam de muitos milênios de evolução para começar a desenvolver uma civilização.
Os países com tecnologia para criar uma bomba nuclear são: China, Coreia do Norte, EUA, França, Israel, Índia, Inglaterra, Paquistão e Rússia. Alemanha, Bélgica, Holanda, Itália e Turquia mantêm bombas americanas instaladas em seu território. Além disto, outros 20 países, inclusive Brasil, Argentina e México, utilizam energia nuclear para produzir eletricidade. Tecnicamente, todos estão muito próximos de desenvolver ogivas.
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Apenas os EUA têm 5.113 ogivas nucleares, além de um número semelhante sem condições operacionais. O país chegou a manter mais de 30 mil ogivas nos anos 1960, auge da Guerra Fria (conflito não declarado com a ex-URSS). A maioria das armas continua apontada para o leste europeu, mas há bombas apontando para a China, Coreia do Norte e países árabes.
Apesar de o país ter assinado o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, pelo qual apenas os países que desenvolveram estas armas até 1967 terem o direito de mantê-las em seu arsenal, o Irã está desenvolvendo tecnologia para produzir energia nuclear, declaradamente para fins pacíficos. No entanto, o país se recusa a permitir inspeções da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica, entidade autônoma vinculada à Organização das Nações Unidas), o que levanta suspeitas.
Provavelmente por causa disto, Israel, inimigo histórico dos países muçulmanos, estaria ampliando e modernizando seu arsenal nuclear, o que não é assumido oficialmente pelo governo do país (que, aliás, nem admite ter armas nucleares). Israel tem três mísseis nucleares “Jericó” (segundo a tradição bíblica, Jericó foi a primeira cidade tomada pelos hebreus, na conquista da Terra Santa), com alcance de 5.000 milhas. Além disto, possui cinco submarinos nucleares, que podem ser acionados em caso de as instalações em terra serem atingidas.
Os efeitos da detonação de uma única bomba nuclear são devastadores. Em guerras, apenas as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasáki conheceram esta calamidade, no final da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Centenas de milhares de pessoas morreram, muitas mais foram feridas, além dos danos ambientais e materiais. Estas bombas tinham capacidade de 20 quilotons (equivalentes à detonação de 20 mil toneladas de TNT). Existem artefatos atuais com potencial 750 superior a elas.