A zoologia já classificou 1,4 milhão de espécies animais, mas o número é bem maior: alguns especialistas chegam a falar de 30 milhões. A maior parte das espécies não identificadas está nas florestas tropicais. Calcula-se que 100 espécies sejam extintas por dia e a causa principal é o desmatamento, que destrói ecossistemas.
É comum ler notícias sobre suçuaranas capturadas em ambiente urbano. Este felídeo é extremamente resistente e adaptável (também conhecido como onça-parda, leão-baio, leão-da-montanha e puma), habita desde o nordeste dos EUA até o norte da Argentina, mas sem campos e matas, sua sobrevivência torna-se cada vez mais difícil.
A onça-parda ainda não corre risco de ser extinta, mas muitos animais brasileiros estão em extinção.
Os micos-leões estão no topo da lista. Pequenos e ágeis, não se adaptam a áreas replantadas, especialmente as em que são introduzidos vegetais de outras regiões. Além disso, são territorialistas e um grupo ocupa várias extensões para coleta de alimentos.
Outros primatas também correm risco de extinção, entre eles o muriqui ou mono-carvoeiro e o macaco-aranha são os mais ameaçados. Há mais: onça-pintada, jaguatirica, cervo-do-pantanal, tamanduá-bandeira, algumas espécies de jacarés, cachorro-do-mato, lobo-guará, peixe-boi (que, apesar do nome, é um mamífero), arara-vermelha, pica-pau-amarelo… A lista é longa. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais lista mais de 400 espécies.
O risco maior está entre as espécies ainda não classificadas e, portanto, sem nenhum manejo ou cuidado. Estudiosos verificaram que muitos anfíbios estão sendo extintos com as mudanças climáticas. Insetos também estão cada vez mais sensíveis.
Entre as iniciativas bem-sucedidas para preservar a população animal, podemos citar o Projeto Tamar, que procura preservar diversas espécies de tartarugas marinhas, não apenas com berçários e proteção de locais de postura de ovos, mas com ações junto à população. Desde a sua criação, em 1980, várias ações educacionais foram executadas junto à população, no sentido de eliminar o hábito de se alimentar desses animais e de livrá-los de redes de pesca, por exemplo. Há ainda projetos para proteger o peixe-boi (cuja caça é proibida desde os anos 1980) e algumas espécies de baleias, especialmente a franca.
A Fundação Mata Atlântica faz palestras e cursos para conscientizar a população sobre os riscos a que os animais brasileiros estão expostos.
Em 2002, o Ibama considerou a ararinha-azul extinta. No século passado, mais seis espécies desapareceram no Brasil, num período em que os estudos eram raros ou inexistentes.