O neocolonialismo foi o período ocorrido entre o final do século XIX e a eclosão da Primeira GuerraMundial, em 1914. Consistiu na partilha feita pelas potências europeias do território africano. Além das evidentes consequências que a exploração causou, os africanos viram tribos amigas obrigadas a se separar em virtude das novas fronteiras – isso sem falar em tribos inimigas que, por conta da arbitrariedade dos colonizadores, viraram compatriotas. Não havia como dar certo.
A independência dos países africanos é, claro, muito mais recente que a dos sul-americanos. Como foram colonizados tardiamente, só conseguiram emancipação dos europeus na segunda metade do século XX, o que ajuda a explicar os gravíssimos problemas que vive o continente.
Veja, abaixo, quem ficou com cada parte da África na colonização.
Alemanha: tinha pouco poder no território africano – basicamente a Namíbia, que fica ao sul do continente, entre Angola e África do Sul. Acabou perdendo Camarões, Togo e Tanzânia após a Primeira Grande Guerra.
Bélgica: colonizou os dois Congos – o antigo Congo Belga e o Zaire, hoje República Democrática do Congo. Não à toa, ambos os países falam hoje o francês.
Espanha: poucos países na África falam espanhol, reflexo do baixo poder que tinha a Espanha na época. Os espanhóis dominaram parte de Marrocos (que fica próximo ao sul da Espanha), a Guiné Equatorial e o Saara Ocidental.
França: um dos países que mais territórios tinha na África no começo do século XX, a França dominava boa parte do norte do continente, tendo em suas mãos Tunísia, Senegal, Mali, Argélia, Marrocos e Costa do Marfim, entre outros territórios. Ficou também com Camarões, a oeste, e Madagascar, a leste.
Itália: outro país com pouca influência no território africano, a Itália tinha sob suas mãos apenas o chamado “Chifre da África”, com Líbia, Eritreia e parte da Somália.
Portugal: as colônias portuguesas ficavam principalmente ao sul: Angola e Moçambique eram as maiores. Depois, países a oeste, como Guiné Bissau, Cabo Verde e São Tome e Príncipe.
Reino Unido: ao lado da França, o maior colonizador africano. Os britânicos tinham partes ou territórios inteiros do Egito, Sudão, Quênia, Uganda, Zimbábue, Zâmbia, Nigéria, Camarões, Gana, entre outros.