Estas experiências retratam toda a maldade, a crueldade e a falta de respeito que o nazismo tinha pela pessoa humana. Esses experimentos médicos que eram realizados com prisioneiros em campos de concentração, resultaram em milhares de mortes, decapitações, desfigurações e incapacidade permanente de pessoas de todas as faixas etárias.
O principal intuito desses experimentos era desenvolver medicamentos para soldados do regime nazista e na tecnologia de desenvolver armas letais para a guerra. O principal mentor dessas cruéis experiências era o Dr. Josef Mengele apelidado como “anjo da morte”, principal chefe de todos os médicos que atuavam nos campos de concentração.
A seguir alguns experimentos médicos realizados em campos de concentração:
Experiências médicas com gêmeos
Gêmeos eram levados aos campos de concentração para ser estudado as semelhanças e as diferenças que poderiam ser notadas na genética e na eugenia (melhoramento racial) de gêmeos. Desde estudos realizados com mais de 1500 gêmeos conjuntamente, menos de 200 sobreviveram aos experimentos.
Entre algumas das experiências realizadas estavam na aplicação de produtos químicos nos olhos, para ver se os mesmos ficavam claros iguais aos dos nazistas. E também tentar criar gêmeos siameses, onde os nazistas simplesmente costuravam os gêmeos vivos.
Experiências médicas de congelamento
Prisioneiros eram levados para um tanque de água gelada e lá permaneciam por até três horas. Outros experimentos colocavam os prisioneiros nus num campo aberto com temperaturas abaixo de zero para ver por quanto tempo eles aguentariam ficar vivos. Estes experimentos tinham como principal objetivo desenvolver tratamentos para hipotermia.
Experiências médicas com malária
Mosquitos que causavam a malária eram soltos nas celas para que houvesse infecção dos prisioneiros ou injeções com o veneno eram aplicados para observar as formas de tratamentos que podiam ser obtidos para imunização do tratamento da malária. Mais de 1000 pessoas foram infectadas, dessas mais da metade morreu.
Experiências médicas sobre a água do mar
Prisioneiros eram obrigados a consumir somente água do mar até morrer. Os prisioneiros ficavam tão aturdidos com tais experiências que chegavam a lamber os pisos recém-lavados em busca de água potável. Estes experimentos tinham como intuito transformar a água do mar em água potável.
Experimentos médicas com venenos
Prisioneiros eram mortos com os mais variados tipos de venenos que eram introduzidos na comida ou por balas que eram disparadas. O intuito principal era fazer uma autópsia e observar o potencial de destruição que o veneno poderia causar no organismo.
Experiências médicas com doenças infecciosas
Prisioneiros eram infectados com: malária, tifo, tuberculose, febre amarela, febre tifoide e hepatite. O intuito era aplicar vacinas experimentais que preveniam essas doenças. Mais de 90 % dos prisioneiros infectados morreram, alguns tinham seus corpos dissecados ainda vivos para observar o poder de se espalhar pelo corpo.
Estes experimentos foram tão cruéis e tão chocantes que após o término da guerra, o código de ética médica foi desenvolvido na cidade de Nuremberg, situado no estado da Baviera, Alemanha.
Alguns médicos envolvidos nestes experimentos realizados em campo de concentração foram julgados nos Estados Unidos da América após a guerra. No famoso julgamento denominado “Processo contra os Médicos”. As principais acusações eram crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Alguns foram condenados à prisão perpétua, outros condenados a morte, alguns foram condenados a penas que variavam de 10, 15 e 20 anos de prisão e alguns foram absolvidos.
Porém o principal mentor Josef Mengele fugiu 10 dias antes do exército vermelho invadir o campo de concentração Auschwitz. Sendo constatado sua estadia na Argentina e no Brasil onde morreu afogado de forma misteriosa numa praia em Bertioga litoral paulista. Ele nunca respondeu criminalmente por nenhuma atrocidade cometida em campos de concentração.
Veja um vídeo sobre as instalações do campo de concentração mais famoso do nazismo Auschwitz: